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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Depois da tempestade ... vem o barro para retirar"

                                                                                                         Por Vânia da Cunha
Durante as férias de verão, em meio a festas, alegria, viagens, visitas. Inesperadamente a água subiu, a montanha caiu e o destino se cumpriu.
 Assim é a vida: sol, calor, céu azul, e de repente, pronto: toda alegria vai por água abaixo. Assistimos atônitos, esvair-se o que construímos ao longo dos anos..
Buscar alegria e sucesso é o objetivo do ser humano - como a mansão construída no penhasco, majestosa e oponente - também construímos nosso caráter. Queremos exuberância e poder, e sem pedir licença chegamos ao alto. No entanto, quem decide se continuamos no topo ou não, é o solo.
Neste paralelo, vale refletir sobre escolhas que tomamos ao longo da existência. Porque primeiro fazemos nossas escolhas, e depois, estas nos fazem. Diante disso, nem o mundo e nem a natureza perdoa a escolha errada.
Chegar aonde se quer é válido, desde que não subestime a lei natural do mundo. Podemos sim, ser livres e voar, mas sem esquecermos dos VALORES que nos norteiam e que nos fazem aterrissar em terreno firme.
Ignoramos muitas vezes a opinião do outro, o sentimento do outro, a verdade do outro. Queremos sempre ser donos da razão. Nessa conduta, esquecemos que as qualidades são infinitamente maiores que os defeitos, e que defeitos são gerados e cultivados pelo meio que se vive, como forma de defesa. Correto seria que todos se despissem do orgulho e da prepotência, sendo flexíveis para entender razões e opiniões. “Ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados”  
Baseando-se nisso, não construa seu futuro alicerçado em “área de risco” para que não ocorram desabamentos. Pois, assim como a chuva forte, que cai impiedosa enlameando a vida, também é a palavra e atitude do homem,  que fere e destrói a trilha, deixando marcas tão sofridas, que nem a semente mais rica reconstruirá o caminho.
Vivemos para ser sol, ser chuva, ser férias. Serenamente, cada um a seu modo, chegaremos ilesos, para desfrutarmos da beleza de ser céu azul.
 “Todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a”.

Vânia da Cunha