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segunda-feira, 21 de março de 2011

Viver em Aiuruoca

(Por Vânia da Cunha)
Cidade pequena é complicado de se viver... todo mundo conhece todo mundo, todo mundo sabe da vida de todo mundo e o disse me disse é constante... Faz parte. Coisas que também acontece em uma cidade grande, em um condomínio quando as pessoas, mesmo que raro, são abertas para se conhecerem uns aos outros. Não é um privilégio só de cidade pequena. O ser humano quando se agrupa, sai fumaça, festa,  padrinhos, porradas,  beijos e abraços, mas em uma cidade pequena essa fatia do bolo é bem maior.
Aí está a magia de Aiuruoca. O fato ou boato, o burburinho, mesmo que a primeira vista desagradável é, sem dúvida, uma forma de carinho. É como se fosse uma enorme família que se encontra nos almoços de domingo e só faz confusão. Porém, todos os domingos, mesmo jurando que nunca mais volta, a família está La, almoçando novamente, pronta para mais uma confusão.
Aiuruoca é assim. Politicos brigam, se afastam, se juntam. Os vizinhos chamam a polícia, jogam pedra no cachorro, e é uma algazarra só.  Mas.... “Ô trem bão sô”!!! Basta acontecer uma “coisiquinha” de nada,  e pronto! Estão todos ajudando, atrapalhando, dando palpites, mas estão Lá, presentes. Inimigos se abraçam, amigos ficam com ciúmes, e tudo vira festa.
O bom e divertido de se viver em Aiuruoca é isso. É a grande família! É o socorro imediato. É o vizinho solícito. É a certeza de que nunca se está sozinho. É ser filho de fulano, mulher de sicrano, neto de beltrano.
É ser levantado de um tombo, amparado no desânimo, e ser, principalmente, gente, e não apenas mais um na multidão.