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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Um ano de “Casa do Papagaio”

Por Vânia da Cunha.

O Jornal Casa do Papagaio completou neste mês de Agosto um ano de seu relançamento e 38 anos de história. Durante estes 12 meses de nova existência, o Jornal foi ampliando seu espaço e buscando a melhor forma, a melhor pose, o melhor jeito de chegar e agradar. Com simpatia, valorizando a cultura, a história e principalmente as pessoas, muitas anônimas, mas que fazem ou fizeram uma grande diferença no nosso meio social e familiar.
Driblar o mundo virtual onde as notícias são em tempo real e coletar material para trazer a mesma notícia, um mês depois, é meio fora de moda, eu sei. Mas o prazer de ver os olhos brilhantes das Garotas da Capa ou a emoção e lições de vida das Mulheres da Contracapa, que não tem tempo de ficar passeando pelas redes sociais virtuais, não me deixa nem um pouco constrangida em ser démodé.
Sem sede, sem escritórios, sem departamento comercial, sem repórteres, de um jeitinho bem amador, confeccionado em um lap top (que desliga a todo momento), e diagramado pacientemente por Marcelo Guimarães, o Casa do Papagaio está ai, com seu jeito diferente de contar contos, causos e pessoas de Aiuruoca.
Renovando forças para continuar, agradeço a todos pela colaboração, pelas críticas positivas e negativas, e principalmente, pelo incentivo que todos os leitores, assinantes e colaboradores vêm me dado até este momento.
Parabéns aos pais, parabéns a Aiuruoca pelos seus 305 anos de Emancipação, parabéns a você e parabéns a todos nós! ” ...Muitos aaaaanos deeeeeeeee viiiiidaaaaaa!!”

terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Como foi não sei, só sei que foi assim"

ao assistir o clássico filme “Doze homens e uma Sentença” de 1957, - onde Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não tem tanta certeza e questiona -, pude analisar como nós, a primeira vista, julgamos e acusamos sem ao menos questionar.
Idéias pré-concebidas sobre pessoas e coisas são comuns no dia a dia. “porque não sei, só sei que foi assim” e ponto. Já falhei muito. Já tive opiniões dos outros como minhas sem questionar e me dei mal, não era nada daquilo que me passaram, não era nada daquilo que ouvi, se foi, foi porque teve motivos para isso. Já perdi oportunidades de conhecer boas pessoas porque o outro me disse “isso e coisa e tal”. Infelizmente essa relação de quem conta um conto aumenta um ponto afeta naturalmente a maioria das pessoas.
Tudo na vida existem dois lados. O óbvio nem sempre é tão transparente assim e “sem querer querendo” mandamos alguém para a forca sem dó nem piedade. Só porque “disseram por ai.” E como num circulo vicioso, a mentira vai se tornando verdade e a verdade mesmo vai ficando cada vez mais distante.
Não é raro alguém com o orgulho ferido de ciúmes, vaidade, inveja querer acabar com a moral do outro. Por isso, amigos, antes de cometer a estupidez de mandar alguém para a forca, questionem, coloquem-se no lugar do outro, pense em como poderia fazer diferente se tivesse dentro de uma situação e tire suas próprias conclusões, mas que sejam tuas e não as do outro. Passe antes pelas Três Peneiras de Sócrates e durma com a consciência tranqüila.

“Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti”.