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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

“Curro”, parque, quadra poliesportiva e depósito de lixo...Por Vânia da Cunha

Quem ainda se lembra do antigo “Curro”? Um local largo e extenso que dividia as ruas do Retiro e a Rua da ponte? O “Curro” era um local cercado por ciprestes e usado como abrigo para os tropeiros e mascates (vendedores ambulantes) . Ali eles pernoitavam para seguir viagem no dia seguinte. Os tropeiros se foram, e no local, foi inaugurado um Play Ground, que na época chamávamos de “parquinho”, com horário para abrir e fechar os portões, onde a criançada aiuruocana se divertiu, mas valeram também muitos braços e pernas quebradas. Para alegria dos pais, foi desativado. No local montavam-se os circos com seus palhaços nada engraçados, alguns parques de diversões (com rodas gigantes, canoas Vikings e o famoso “Dangler”) e ponto de encontro da juventude; muitos namoros começaram ali.
Até que construíram uma quadra poliesportiva, arrumadinha, com vestiário, arquibancada e grandes campeonatos de Vôley e futebol de Salão. Nova reforma e alguém teve a infeliz idéia de cortar a metade deste local histórico. A parte operante está bem organizada- banheiros, vestiário, tudo muito certo - Mas... o pedaço ocioso ... acode, Senhor! Tornou-se depósito de lixo, mato, abrigo de morcegos, cobras e aranhas, ou seja, mais um serviço não terminado. Fala Sério!

Fala Sério: Para quem visita Aiuruoca...- Por Vânia da Cunha

Fala sério!!
Para quem visita Aiuruoca, de vez em quando, as surpresas são: uma ou outra casa pintada ou a noticia que alguém morreu. De resto, tudo continua a mesma. Inclusive as ruas, com as pedras soltas e buracos cada vez mais profundos.
Teve um cidadão que caiu de moto há mais ou menos um ano, causado por um paralelepípedo solto. O tombo (fora algumas escoriações, dentes quebrados e um leve estrago na moto), não foi nada. Pior foi o vazio deixado pela pedra e a tristeza desta aguardando um gesto solidário para levá-la de volta “para casa”, este sim, foi dureza. A coitada da pedra continua lá, encostada em um portão, triste, solitária, vendo “sua família”, nem tão longe assim, tentando alcançá-la, e não aparece nenhuma mão amiga para recolocá-la no lugar.
A solução é fazer uma campanha para construir um lar para paralelepípedos soltos, e também contratar terapeutas para sanar os problemas existenciais dos buracos das ruas que estão cada vez mais revoltados e vazios.

Coluna Fala sério: Água 2 - Por Vânia da Cunha

Água 2

Na edição passada falei sobre a água ou a falta dela. Coincidentemente chegou em minhas mãos o IPTU e, nele, especificado as taxas obrigatórias. Pasmem! A água não é cobrada de acordo com o consumo e sim por metro quadrado de área construída. Ou seja, uma casa com 10 moradores, mas com uma pequena área construída paga muito menos do que uma casa maior, com apenas um morador ou com nenhum morador.
Bom não é? Se morar numa casa pequena poderei me esbaldar. Ter até uma piscina no fundo da horta e trocar a água todos os dias, lavar carro, janela e até molhar os arredores para apagar a poeira, pois pagarei menos do que um galpão vazio com apenas uma torneira para de vez em quando lavar as mãos. Seria isto constitucional?
Constitucional ou não temos que pagar, é compulsório. Agora, que tem coisa errada aí, isso tem. Urge mudanças na lei tributária do município, para que não sejamos enganados por mais uma série de décadas por serviços não prestados. Pagar pelo que se usa é justo,mas pagar pelo que não se usa e por uma água totalmente insalubre.. Fala sério!!

Roupa suja se lava ... Por Vânia da Cunha

Fala Sério!

Roupa suja se lava ...

... Antes do meio dia ou na casa do vizinho – que a caixa d água é maior.
Ter uma cozinha limpa após o meio dia, que almoce as dez, porque o tradicional “lavar louça” depois do almoço é missão impossível, não tem água. É desligada entre as onze e meio dia, com retorno marcado entre três ou quatro da tarde. Bom né? Porque ai se pode tirar um cochilo sem culpa, poupar energia para a maratona de duas horas para o término da faxina, rápido, porque as torneiras são temperamentais, quando dão na telha, secam de novo e só se manifestam na madrugada.
Talvez estejamos vivendo o apocalipse: água racionada e seca matando o gado. Talvez eu esteja num mundo paralelo e as nascentes são ilusão de óptica. Mas se pago imposto? Não, não estou no mundo paralelo.
E vamos lavar a roupa com muita água sanitária e alvejantes, pois roupas brancas no varais só mesmo nas mãos das mais experientes lavadeiras, com a água barrenta é um desafio manter o colorido das roupas, deixando o preto amarelado, o vermelho acobreado, numa mistura daltônica de cores.
Já não é de hoje que a água é assunto polêmico na cidade. Tem a água nova, a água velha, o reservatório pequeno, a captação exposta, o tratamento inadequado. Haja vermífugos e diarréia. Até quando? Alô!Alô! Alguém ai? Legislativo, Executivo, Judiciário? Alguém poderá me responder onde posso lavar minha roupa?

Vânia da Cunha

"A mesma praça, o mesmo banco..." Que banco? Por Vânia da Cunha

Fala Sério!

“A mesma praça, o mesmo banco...” Banco? Que banco?

Nossa praça tinha como característica os pesados bancos de cimento com os nomes dos doadores escritos neles: “Oferta de ...” famílias, comercio, políticos, todos gravados ali em letras grandes e vermelhas. O que me chamava a atenção era “Oferta do Forum de Ayuruoca”, assim mesmo, com Y, de tão antigo que era. Existiam, salvo engano, doze a quatorze confortáveis bancos sempre apinhocados de gente. O “point” da galera que sentava em baixo e em cima, no encosto, como coração de mãe: sempre cabe mais um. Alí, no banco da praça, o mundo girava.. brincadeiras de quatro cantos; muita história contada; encontros e desencontros; pactos políticos; namoros; fofocas; idéias; inspirações. Se estes falassem...
Infelizmente, estas pobres e inanimadas criaturas, testemunhas de anos e anos de história, foram brutalmente caladas pra sempre. Substituídas lamentavelmente, por bancos de madeiras que de conforto e durabilidade não têm nada.
O motivo? Não se sabe. Talvez a estética, o paisagismo da arte moderna chegou até nossa paradisíaca Aiuruoca e levou-nos o conforto e a sombra. Se o compositor da musica “A Praça” conhecesse Aiuruoca antes, com certeza mudaria a letra no mesmo momento: pois, “...a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim.. “, não existem mais. TUDO MUDOU.. e mudou para pior..
Onde foram parar os antigos bancos da Praça Monsenhor Nagel? Retirados, sem pedir licença, com total desrespeito a cultura e a memória da cidade? Foram jogados não se sabe onde e nem para qual finalidade. Ninguém questionou nada e a população teve que engolir garganta abaixo . EU NÃO ENGULO, e você, engole?
Vânia da Cunha

Fala Sério - Por Vânia da Cunha

Fala Sério
Ir e vir? Só se for a pé!

Há muitos anos, o meio de transporte dos aiuruocanos era o cavalo, a charrete e, para uma viagem mais longa, o Trem, a velha Maria Fumaça. A vida foi mudando, se modernizando e os automóveis foram chegando, aos poucos, na cidade. Mas as estradas eram de terra e ir de Aiuruoca até a cidade de Caxambu, por exemplo, era uma verdadeira “Viagem”, tinha que levar até “matula”, porque se levava o dia inteiro para esta conquista. Se chovesse, o passeio teria que ser adiado, pois não havia passagem.
Ainda bem que isso é coisa do passado, porque com o advento do tão esperado asfalto o ir e vir passou a ser um “tirinho de espingarda”, “dois palitos”. Acabou o trem, aposentou-se a jardineira, os cavalos Aiuruoca passou a contar com linha de ônibus, o Emisa, dirigido por Helio, (Hélio bengala era seu apelido), Paulo do ônibus, tendo como fiel escudeiro o grande amigo Nourival, o cobrador. Depois vieram outras empresas e “viajar”passou a ser comum, um “vou ali e volto já”.
Infelizmente essa facilidade não mais existe, isso para quem depende ainda de um transporte coletivo (e são muitos). A dificuldade de ir para as cidades vizinhas é atualmente a mesma de 50 anos atrás. Ou vai de carona ou não vai, porque os horários de ônibus não são compatíveis com as necessidades dos aiuruocanos, que só conta hoje com uma linha de ônibus, com horário de saída as 5 e as 10 da manhã e com volta marcada as 18:20. Ou seja, o “vou ali e volto” ficou também no passado, e para quem precisa usar o coletivo levará o dia inteiro de “viagem” num raio mínimo de 34 Km. Fala Sério!
Vânia da Cunha

Com o Rei na barriga - Por Vânia da Cunha

Editorial

Com o Rei na barriga
Não é raro encontrar pessoas com um rei tão grande na barriga que mal se dá pra ver o rosto. São prepotentes, sabe-tudo, nunca erram e acham sempre que são os melhores dos melhores da pobre humanidade.
O prazer do “estufado pelo rei” é reclamar. Para ele nada está bom, encontram defeito em tudo e em todos (inferiores a eles, é claro). Quando chefes, humilham e exploram seus subordinados - Alvos fáceis do ditador.
Para mostrar poder, fazem questão de esbanjar. Compram carros caros, jóias, se vestem bem, freqüentam os melhores lugares, mas devem os bancos, as lojas, até a luz e a água.
Narcisistas, se acham belos, e não se envergonham de alardear para os quatro cantos do mundo o quanto é invejado, não percebendo que caem no ridículo, pois beleza e simpatia, quem tem que opinar são os outros e não ele próprio. Sentir-se bonito por dentro e por fora é uma virtude, falar que a tem é psicopatia.
Verdadeiros mendigos - beijam os pés do rei, fingem-se de bonzinhos , exageram na cordialidade quando a intenção é tirar proveito de alguma coisa ou de alguém - e humilham os que estão na condição inferior ou igual a eles, ou seja, extremamente simpáticos com os outros e carrascos com os que lhe são próximos, como pessoas da família, filhos, irmãos, pais.
Mitomaníacos – mentem que nem sentem. Compram bancos, iates, aviões. Viajam semanalmente para exterior e “na maionese”. Assumem cargos de chefia e servem café. Possuidores de um poder persuasivo tão grande que fazem cair na ladainha polida e no conto do vigário até o mais esperto do mortais.
Acredito que, no fundo no fundo, são pessoas infelizes, inseguras, que querem agradar para serem aceitos. Fracos e pobres de espírito que ainda não descobriram que a felicidade e a paz estão nas coisas simples, na raiz, no seio da família, no abraço verdadeiro de um amigo.
“Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”. Portanto, diminua o ego, vomite logo este “rei” e alimente-se de humildade e verdade. Quem sabe assim a vida fica melhor?

Vânia da Cunha