Visualizações de página do mês passado

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

"A mesma praça, o mesmo banco..." Que banco? Por Vânia da Cunha

Fala Sério!

“A mesma praça, o mesmo banco...” Banco? Que banco?

Nossa praça tinha como característica os pesados bancos de cimento com os nomes dos doadores escritos neles: “Oferta de ...” famílias, comercio, políticos, todos gravados ali em letras grandes e vermelhas. O que me chamava a atenção era “Oferta do Forum de Ayuruoca”, assim mesmo, com Y, de tão antigo que era. Existiam, salvo engano, doze a quatorze confortáveis bancos sempre apinhocados de gente. O “point” da galera que sentava em baixo e em cima, no encosto, como coração de mãe: sempre cabe mais um. Alí, no banco da praça, o mundo girava.. brincadeiras de quatro cantos; muita história contada; encontros e desencontros; pactos políticos; namoros; fofocas; idéias; inspirações. Se estes falassem...
Infelizmente, estas pobres e inanimadas criaturas, testemunhas de anos e anos de história, foram brutalmente caladas pra sempre. Substituídas lamentavelmente, por bancos de madeiras que de conforto e durabilidade não têm nada.
O motivo? Não se sabe. Talvez a estética, o paisagismo da arte moderna chegou até nossa paradisíaca Aiuruoca e levou-nos o conforto e a sombra. Se o compositor da musica “A Praça” conhecesse Aiuruoca antes, com certeza mudaria a letra no mesmo momento: pois, “...a mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim.. “, não existem mais. TUDO MUDOU.. e mudou para pior..
Onde foram parar os antigos bancos da Praça Monsenhor Nagel? Retirados, sem pedir licença, com total desrespeito a cultura e a memória da cidade? Foram jogados não se sabe onde e nem para qual finalidade. Ninguém questionou nada e a população teve que engolir garganta abaixo . EU NÃO ENGULO, e você, engole?
Vânia da Cunha

Nenhum comentário:

Postar um comentário