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terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Como foi não sei, só sei que foi assim"

ao assistir o clássico filme “Doze homens e uma Sentença” de 1957, - onde Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não tem tanta certeza e questiona -, pude analisar como nós, a primeira vista, julgamos e acusamos sem ao menos questionar.
Idéias pré-concebidas sobre pessoas e coisas são comuns no dia a dia. “porque não sei, só sei que foi assim” e ponto. Já falhei muito. Já tive opiniões dos outros como minhas sem questionar e me dei mal, não era nada daquilo que me passaram, não era nada daquilo que ouvi, se foi, foi porque teve motivos para isso. Já perdi oportunidades de conhecer boas pessoas porque o outro me disse “isso e coisa e tal”. Infelizmente essa relação de quem conta um conto aumenta um ponto afeta naturalmente a maioria das pessoas.
Tudo na vida existem dois lados. O óbvio nem sempre é tão transparente assim e “sem querer querendo” mandamos alguém para a forca sem dó nem piedade. Só porque “disseram por ai.” E como num circulo vicioso, a mentira vai se tornando verdade e a verdade mesmo vai ficando cada vez mais distante.
Não é raro alguém com o orgulho ferido de ciúmes, vaidade, inveja querer acabar com a moral do outro. Por isso, amigos, antes de cometer a estupidez de mandar alguém para a forca, questionem, coloquem-se no lugar do outro, pense em como poderia fazer diferente se tivesse dentro de uma situação e tire suas próprias conclusões, mas que sejam tuas e não as do outro. Passe antes pelas Três Peneiras de Sócrates e durma com a consciência tranqüila.

“Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti”.

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